sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O céu conscurpado


O céu sempre atraiu a atenção de todos os homens, em todos os lugares, em todas as épocas.
A exaltação de sua beleza é encontrada nos Livros Sagrados, nos versos dos poetas, na prosa dos escritores, nos poemas dos amadores e nas conversas dos enamorados.
A grandeza surpreendente do Universo, espelhada pela incomensurável beleza do céu, faz-nos ver a maravilhosa realidade em existimos.
E, por incrível que pareça, acredito que o que mais nos fascina não é a força do sol, ou a beleza da Lua, mas sim a luz das estrelas.
Ao elevarmos nosso olhar, deparamo-nos com um verdadeiro espetáculo de luzeiros, dos mais diversos tamanhas, com as mais maravilhosas disposições.
Planetas, estrelas, galáxias... tudo parece caber naqueles pontinhos luminosos, que muitas vezes não são nada mais do que retratos do passado, a ecoar ainda por muitos séculos, por muitos lugares, já que, muitas vezes, são luzes de estrelas mortas há milhares de anos, que ainda chegam a nós, como cartas perdidas pelos séculos...
Infelizmente, o espetáculo ímpar que as estrelas nos oferece perdeu um pouco de sua mágica e de sua poesia.
Sua beleza foi maculada e sua poesia foi prejudicada, desde que um grupo apodereu-se deste símbolo e fê-lo a bandeira da imoralidade: o Partido dos trabalhadores.

Macula-se a poesia prejudica-se a beleza. O céu está conscurpado, por um roubo que lhe fizeram.

Quase não tenho esperanças de reversão dessa situação. O PT vencerá essas eleições, e trará, com mais virulência do que nunca, todos os ideais, todos os projetos, todas os planos que têm, há anos, para a Terra de Santa Cruz; ideais esses devidamente ocultados; espertamente dissimulados.

Poucas dúvidas me restam que a Estrela Vermelha do PT ainda espalhará muita dor por este País.

Nos próximos quatro anos, pulularão projetos contra a vida, contra a liberdade, contra a propriedade.

Preparemo-nos para o "casamento gay"; para o Holocausto Silencioso dos fetos; para a prosmicuidade sexual albergada e propagada pelo Estado; para a dilapidação da propriedade; para a hipertrofia do Executivo...

Infelizmente, essa é a realidade. Os "companheiros" tomaram conta do País, da Terra da Santa Cruz...

Agora, é esperar o Circo começar, e o show de horrores dar início.

Resta-nos agora a esperança... Mas é uma pena que não mais conseguimos vê-la espelhada no céu estrelado...

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

3 de Outubro



Está cada dia mais perto o esperado dia 3 de Outubro. Preparamo-nos, mais uma vez, para a “festa” da Democracia e da República.
As cartas já estão marcadas a essa altura do campeonato. Todos já sabem que a estrelinha vermelha ainda “brilhará” no Poder durante alguns pares de anos, a não ser que ocorra uma mudança extraordinária, o que, sinceramente, não acredito.
Particularmente, esse 3 de Outubro, do ponto de vista eleitoral, há muito mais motivos para chorar, do que para nos alegrarmos.
Há alguns anos atrás, uma das mais mortais e virulentas críticas que podíamos fazer à estrutura estatal era chamá-la de circo; e uma das piores críticas era chamar aos políticos de palhaços.
Hoje, já é quase um elogio que lhe fazemos. Queriam vestir a alguns políticos de palhaços; hoje, palhaços se vestem de políticos- o que não é de todo mal, já que nos poupa o trabalho da transformação.
Já decidi! Se no dia 3 de Outubro eu votar, farei isso de luto. Se devemos chorar a morte de pessoas queridas; não devemos chorar a agonia da “Pátria amada”?
Respeitável público, procuremos um bom lugar para nos sentarmos. O espetáculo irá começar- e o show de horrores durará mais quatro anos!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Amici


Amici, ad qui venisti?

Tentando juntar o útil(?) ao agradável, inauguro este pequeno blog.
Lembro-me que certa dia, lendo Chesterton, percebi que a visão de mundo de uma criança ultrapassa, em muito, o que ela consegue expressar aos outros e a si mesma, e percebi também que, no jogo da vida, todos somos crianças.

Então, pude ver que realmente os gregos estavam certos: cada homem é um mundo.

Somos verdadeiros Universos vivos, cheios de sonhos e esperanças; alegrias e tristezas; euforias e decepções; marcas que foram deixadas nas estradas da vida.

E hoje sei que escrever nos ajuda a detectar e perceber tudo isso. Ajuda a ouvir aquele brado do templo de Delfos que atravessa os séculos: γνῶθι σεαυτόν- conhece-te a ti mesmo.

Pois bem, é com esse propósito agradável que surge esta página. Apenas um pedaço de papel virtual para eu esboçar algumas idéias, a fim de melhor conhecê-las. Feito por mim e para mim. Se, aos outros, para nada servir estas páginas, bom; se servir para algo, melhor ainda!

Hoje eu valorizo mais o HOJE das nossas vidas. O nosso tempo de passageiros por essas bandas é muito curto, para que o perdamos em medos tolos, em receios vãos.

Pois bem, inauguro as postagens com um texto de Sêneca a seu amigo que muito me encanta:

"Meu caro Lucílio, reinvidica a posse de ti mesmo. Teu tempo até agora te era tomado; roubado; ele te escapava. Recupera-o e cuida dele. A verdade, ei-la: nosso tempo, arrancam-nos uma parte dele, desviam outra parte e o resto nos escorre entre os dedos. Todavia é mais digno de censura perdê-lo por negligência. E, para quem considera bem, uma boa parte da vida decorre em feitos desajeitados; outra parte decorre na vadiagem; a vida inteira passa enquanto fazemos coisas diferentes da que devíamos fazer.
Poderias citar-me um homem que dê valor ao tempo, que reconheça o valor de um dia, que compreenda que ele morre diariamente? Nosso erro está em julgar que a morte está diante de nós. No que se refere ao essencial, ela já passou. Uma parte da nossa vida está atrás de nós e pertence à morte.
Por conseguinte, caro Lucílio, faze o que dizes: segura cada hora. Serás assim menos dependente do amanhã, pois tu terás te apoderado do dia presente. Os homens adiam a vida para mais tarde. Enquanto o fazem, a vida se escoa.
Lucílio, tudo se acha fora de nossa alcance. Somente o tempo nos pertence. Este bem fugidio, escorregadio, é a única coisa de que a natureza nos fez proprietários. E o primeiro que sobrevem, no-lo arrebata! As pessoas são loucas: diante do mínimo presente, de quase nenhum valor, cada qual se sente obrigado a retribui-lo, ao passo que ninguém se julga obrigado em virtude do tempo que lhe é concedido, tempo que é a única coisa que homem algum pode retribuir, seja ele o mais grato dos homens" (Sêneca, Carta a Lucílio I).