quarta-feira, 6 de outubro de 2010

E agora, José?



Finalmente, sobrevivemos ao dia 3 de Outubro- cambaleantes, feridos, mas vivos; afinal, todos sabemos que esse segundo turno tem um gostinho de derrota para a senhora Dilma e seu partido.

Quando estamos em uma situação de miséria, qualquer migalha que nos dão é, para nós, um banquete. Ir a um segundo turno não é lá grande vitória, nem há assim tantos motivos para comemoração, mas não tem como não me deixar alegre, a vislumbrar ainda um tênue fio de esperança.

Mas essa derrota do PT é parcial. Com preocupações, assisto à meteórica ascensão do Partido nos cargos do Legislativo. A bancada governista é assustadoramente grande. Fazem-se bem atuais as tremendas palavras de Rui Barbosa, proferidas já há tantas décadas:

"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto."

Agora, vamos ao segundo turno, e é bom sabermos que não temos duas opções antagônicas: uma boa, e outra ruim. O que temos é uma opção ruim, e outra pior ainda; ou, como disse alguém, é a batalha Alien x Predador"; porém está mais na cara que nariz que José Serra é a opção menos ruim para um cristão que honre sua Fé; para um brasileiro que ama seu País; para um cidadão que ama a liberdade.

Bem, as esperanças de que José Serra ganhe são realmente exíguas; porém a esperança é a última que morre, e erraremos se nos omitirmos, pois é um grande erro deixar de fazer tudo o que se pode por não se poder fazer tudo o que se quer.

Com o poeta, perguntamo-nos: "E agora, José?"

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